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Tinamídeos - Ave - Artigo
Ter 11 Nov - 20:52
Boa noite amigos Criadores de Pássaros !
Vamos conhecer a Ave Tinamídeos ?
Tinamidae
Família endêmica da região Neotropical, reúne aves terrestres de aspecto galináceo, embora sejam parentes mais próximos das emas (Rheidae). Mais de 90% das espécies vivem no Brasil, já que as aves dessa família habitam do México à Patagônia, tendo nosso país como maior e mais central área de ocorrência. A maior parte das espécies ocorre na Bacia Amazônica.
Características :
Caracterizam-se pelos dedos livres, três anteriores e um posterior, possuem pernas de comprimento médio e são desprovidas de cauda. Ocorrem espécies de pequeno, médio e grande porte que apresentam cores miméticas no colorido da plumagem, em adaptação aos seus hábitos terrestres. Compreendem os macucos, inhambus, perdizes e codornas do continente americano.
Hábitos :
Muitas espécies vivem em áreas campestres ou semi-abertas, mas a maioria tem hábitos florestais, percorrendo timidamente o sub-bosque das florestas e errados. São aves que vivem ocultas no emaranhado de vegetação e, aparentemente não voam com facilidade. Preferem agachar-se se algo aproxima e só voam quando já quase atingidas. Também podem tentar disfarçar sua presença ficando de pé e imóveis, com a cabeça para cima, confiantes no efeito de camuflagem de sua coloração. A habilidade de voo de um tinamídeo é surpreendentemente limitada: em áreas arborizadas, frequentemente colidem em troncos e galhos; podem correr curtas distâncias em velocidade, mas logo se cansam, em razão de possuírem pulmões e coração excepcionalmente pequenos. Na realidade, os tinamídeos possuem proporcionalmente, o menor coração entre todas as aves. Emitem cantos melancólicos, que podem ser ouvidos a grandes distâncias. O timbre do canto de certas espécies dificulta a localização de sua direção.
Alimentam-se de bagas, frutas caídas, grãos e sementes duras. Procuram pequenos artrópodes e caramujos que se escondem no tapete de folhagem apodrecida, viram folhas e paus podres com o bico à procura de alimento, mas jamais remexendo o solo com os pés como fazem os galináceos. As espécies campestres catam carrapatos nos pastos e se aproveitam da movimentação do gado para apanhar insetos. Algumas espécies visitam plantações.
Reprodução :
Uma peculiaridade dessa família é que são os machos os responsáveis por chocar os ovos e cuidar dos filhotes. O macho faz um ninho numa simples depressão no solo com folhas secas ou capim, onde são depositados ovos de aspecto perolado e de colorido exuberante. As espécies do gênero Tinamus botam ovos de cor verde-turquesa e as espécies dos demais gêneros botam ovos de coloração vinácea, rosada ou achocolatada. Enquanto o macho está chocando, a fêmea pode ter “aventuras amorosas” com outros machos. Em algumas espécies, a fêmea retorna ao ninho para dar uma segunda postura, depois da primeira ter eclodido. Nesse caso, o macho volta à incubação. Os filhotes são nidífugos, saindo do ninho logo após o nascimento e já seguindo o pai. Se um dos filhotes não conseguir romper a casca do ovo a tempo, ficará abandonado no ninho e consequentemente morrerá.
Referências :
Kay Curry-Lindahl. Vida Selvagem nos Campos e Pradarias. pág.150
SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009
Vamos conhecer a Ave Tinamídeos ?
Tinamidae
Família endêmica da região Neotropical, reúne aves terrestres de aspecto galináceo, embora sejam parentes mais próximos das emas (Rheidae). Mais de 90% das espécies vivem no Brasil, já que as aves dessa família habitam do México à Patagônia, tendo nosso país como maior e mais central área de ocorrência. A maior parte das espécies ocorre na Bacia Amazônica.
Características :
Caracterizam-se pelos dedos livres, três anteriores e um posterior, possuem pernas de comprimento médio e são desprovidas de cauda. Ocorrem espécies de pequeno, médio e grande porte que apresentam cores miméticas no colorido da plumagem, em adaptação aos seus hábitos terrestres. Compreendem os macucos, inhambus, perdizes e codornas do continente americano.
Hábitos :
Muitas espécies vivem em áreas campestres ou semi-abertas, mas a maioria tem hábitos florestais, percorrendo timidamente o sub-bosque das florestas e errados. São aves que vivem ocultas no emaranhado de vegetação e, aparentemente não voam com facilidade. Preferem agachar-se se algo aproxima e só voam quando já quase atingidas. Também podem tentar disfarçar sua presença ficando de pé e imóveis, com a cabeça para cima, confiantes no efeito de camuflagem de sua coloração. A habilidade de voo de um tinamídeo é surpreendentemente limitada: em áreas arborizadas, frequentemente colidem em troncos e galhos; podem correr curtas distâncias em velocidade, mas logo se cansam, em razão de possuírem pulmões e coração excepcionalmente pequenos. Na realidade, os tinamídeos possuem proporcionalmente, o menor coração entre todas as aves. Emitem cantos melancólicos, que podem ser ouvidos a grandes distâncias. O timbre do canto de certas espécies dificulta a localização de sua direção.
Tinamus Solitarius Cryturellus Tataupa
Nothura Boraquira
Alimentação :
Alimentam-se de bagas, frutas caídas, grãos e sementes duras. Procuram pequenos artrópodes e caramujos que se escondem no tapete de folhagem apodrecida, viram folhas e paus podres com o bico à procura de alimento, mas jamais remexendo o solo com os pés como fazem os galináceos. As espécies campestres catam carrapatos nos pastos e se aproveitam da movimentação do gado para apanhar insetos. Algumas espécies visitam plantações.
Reprodução :
Uma peculiaridade dessa família é que são os machos os responsáveis por chocar os ovos e cuidar dos filhotes. O macho faz um ninho numa simples depressão no solo com folhas secas ou capim, onde são depositados ovos de aspecto perolado e de colorido exuberante. As espécies do gênero Tinamus botam ovos de cor verde-turquesa e as espécies dos demais gêneros botam ovos de coloração vinácea, rosada ou achocolatada. Enquanto o macho está chocando, a fêmea pode ter “aventuras amorosas” com outros machos. Em algumas espécies, a fêmea retorna ao ninho para dar uma segunda postura, depois da primeira ter eclodido. Nesse caso, o macho volta à incubação. Os filhotes são nidífugos, saindo do ninho logo após o nascimento e já seguindo o pai. Se um dos filhotes não conseguir romper a casca do ovo a tempo, ficará abandonado no ninho e consequentemente morrerá.
codorna-amarela (Nothura maculosa) macuco (Tinamus solitarius)
Os Tinamídeos e o homem
No geral, estão entre as aves mais apreciadas para a caça no Brasil, tanto pela dificuldade que essa oferece, como pelo sabor da carne. Os caçadores estão entre os que melhor conhecem os hábitos dessas aves, atraídas pelo pio. Na época do acasalamento, ao piar uma fêmea, se outra estiver por perto, virá correndo para expulsar o adversário e ai se torna presa fácil. Costumam também ser apanhados em armadilhas, quando atraídos para cevas previamente mantidas. As perdizes e codornas são apreciadas como caça de tiro ao voo, sendo perseguidas no campo por perdigueiros amestrados. O uso indiscriminado de agrotóxicos nas culturas de milho e soja, causa grande mortandade nessas aves. Devido à caça exagerada, a contaminação e a destruição das matas nativas várias espécies correm risco de extinção.Referências :
Kay Curry-Lindahl. Vida Selvagem nos Campos e Pradarias. pág.150
SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009