Curió não abre o canto. - Página 4
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Curió não abre o canto.

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Curió não abre o canto. - Página 4 Empty Curió não abre o canto.

Ter 8 Nov - 21:39
Relembrando a primeira mensagem :

Comprei um curió faz 1 mês e meio, ele vai fazer um ano dia 21 ele está com o canto totalmente embrulhado da 1 ou 2 assovios no máximo eu pensei que era femea mas fiz a sexagem e comprovei que é macho.

Desde que peguei ele levo ele para o trabalho todas as manhas pq tem um curió bem do lado achei que fazendo isso ele pegaria o canto com mais facilidade, já na parte da tarde deixo ele em casa ouvindo o CD mas até agora ele não teve melhora nenhuma no canto.

Triste é que me desfiz de todos os meus passaros para me dedicar ao curió e tive esse azar danado.

O que devo fazer, devo continuar o que estou fazendo devo deixar ele somente em casa no CD ?

É possível ele estar assim pelo manejo ??

Sinceramente já estou achando que o canto dele não tem mais jeito, minha
esperança é que na próxima muda ele consiga aprender o canto.

Vcs que criam a mais tempo gostaria de saber quanto tempo um curió engrizando leva para abrir o canto 1 mês e meio será que é pouco tempo ou ele já deveria estar cantando ?

O que vcs
acham ?

Me ajudem por favor.

Thiago Pereira Iza
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Curió não abre o canto. - Página 4 Empty Re: Curió não abre o canto.

Sáb 9 Mar - 20:32
Amigos....amigos....
Bom vamos lá, o passaro vai fazer 1 ano, e ainda ta todo pardo!? pelos relatos neh!?
Isso é super normal, quanto mais vc mexer com ele, menos ele acertará o canto, canto se coloca com passaro frio,caso faça ele pegar fogo, não aprenderá corretamente nota nenhuma, vai até aprender a cantar, mais com nota sem colocação.
Passaros, principalmente curió, são bens diferentes um do outro, tenho curiós com 90 dias, cantando classico, como tenho curió, com 280 dias churrilhando com apenas algumas notas e filhos do mesmo pai...
Tenho um galador, que só começou a passar canto com 3 anos de idade, antes disso era 1, 2 cantos...curio e caixinha de surpresa...
1° coisa que eu faria era mudar o seu manejo...o passaro não pode passear, escolhe um lugar em sua casa arejado e passa o cd para ele...
Curió so se puxa encartado, antes disso é um passo maior que a perna.
Provavelmente ele ja aprendeu o que tinha que aprender, mais isso é só uma hipotese...pode ser que ele entre no cd....
Qual a linha desse curio e qual cd vc roda para ele?
Ele escutar um professor é uma coisa , escutar um passaro cantando na rua é outra, na rua o passaro não aprende NADA!
FRANCISCO PERUZZO
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Curió não abre o canto. - Página 4 Empty Re: Curió não abre o canto.

Sáb 9 Mar - 20:41
Thiago Pereira iza escreveu:Qual a linha desse curio e qual cd vc roda para ele?

Aproveitando o tópico, sempre escuto esta frase dos criadores de curió, creio que quando se fala a "LINHA" quer dizer a genética. Pois bem, onde posso ver informações sobre isso, o valor dos curiós variam muito, creio que seja devido esta linha, gostaria se possível receber mais informações.

Obrigado!!!!!


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Thiago Pereira Iza
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Curió não abre o canto. - Página 4 Empty Re: Curió não abre o canto.

Sáb 9 Mar - 21:34
Linha referida é sim a genetica, alguns criadores possuem a arvore genealógica do passaro, ao meu ver isso é de suma importancia, quando se trata de criadores sérios, que podemos confiar nessa arvore.
E realmente a partir dos parentescos que tomamos base em seu valor financeiro...
Um passaro que é comprovado que sua genetica passa através de cruzamentos cosanguinio ou não, tem um valor quando se trata de repetição e fibra, diferente de cruzamentos que ainda não tenhamos feito antes...e não saberemos os resultados futuros...
Qualquer duvida que ainda tenha, pode perguntar no que for possivel ajudarei...
FRANCISCO PERUZZO
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Sáb 9 Mar - 21:48
Thiago,
existe algum site onde podemos fazer pesquisas a respeito.

Obrigado!!!


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Curió não abre o canto. - Página 4 Empty Re: Curió não abre o canto.

Ter 12 Mar - 13:03
veja se isso te ajuda


Técnica do confinamento visual

1- Método para preparo dos curiós de canto praia grande clássico:
a capa é sem dúvida um dos acessórios da maior importância
na criação de CURIÓS, não só pela proteção
que ela propicia ao pássaro em relação às influências
de origem física e visual do espaço exterior durante o manejo,
mas pela condição de segurança psicológica que
ela desenvolve no pássaro produzindo o condicionamento necessário
à simples remoção da mesma provocar O DESENCADEAMENTO
DA ABERTURA DO CANTO DA AVE.
Esta prática libera os estímulos condicionados
e desenvolvidos pelo uso correto e sistemático da capa, criado pelo
momento de quebra da ROTINA E MONOTONIA provocadas pelo condicionamento visual
e luminoso imposto pelo uso da capa. O momento da remoção provoca
o aumento da luminosidade e a liberação da visualização
do espaço exterior elementos estes (luminosidade e visualização)
necessários e suficientes para ativar os estímulos que provocam
a abertura do canto e funcionam baseados na mudança do estado a que
a ave encontra-se adaptada. Esta mudança induz na ave uma nova situação
de comportamento à medida que a ela é dada a condição
de visualização do espaço exterior, e como resultado,
ABRE O SEU CANTO anunciando ao mundo exterior (que lhe é mostrado)
a sua presença e tenta estabelecer os seus domínios. ABRINDO
O CANTO, o Curió verifica a existência da presença de
um outro nas proximidades. Após um período de 06 (seis) dias
de CONFINAMENTO VISUAL (encapagem) a gaiola deve ser conduzida ao exterior,
procedendo-se à remoção cuidadosa da capa, (deve-se levar
em conta que a ave fica muito mais sensível e ativa com seus mecanismos
de observação bem mais aguçados) e penduramos a gaiola
em local costumeiro e adequado a tal fim e aguardamos a abertura do canto
durante 05 (cinco) minutos. Ocorrendo a abertura do canto neste período,
observamos a relação existente entre o tempo em que a ave leva
cantando e os espaços intercalados entre as cantadas buscando identificar
o momento em que a ave começa A CAIR DE PRODUÇÃO (o tempo
intercalado entre as cantadas passa a ser maior do que o tempo cantando) a
partir da queda de produção o curió (se não for
provocado pelo canto de um outro) perde cada vez mais o estímulo adquirido
pelo CONFINAMENTO VISUAL e tende a parar de cantar voltando ao estágio
em que se encontrava antes do uso da técnica aqui descrita.

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Ao identificar o momento em que o curió começa a cair de produção,
a gaiola deve ser removida cuidadosamente do gancho e encapada, sendo em seguida
transportada para o interior da residência do criador (ou veículo)
e pendurada em local costumeiro. O Curió durante o período em
que se encontra encapado não canta, ou melhor, não deve cantar,
não deve ser estimulado a cantar com outro pássaro, pois estimula-lo
a cantar encapado pode comprometer todo o trabalho que está se desenvolvendo.
O tempo de exposição recomendado durante o período em
que se está desenvolvendo o condicionamento não deve ultrapassar
a 30 (trinta) minutos mesmo que o pássaro não demonstre queda
de produção.
Mantém-se o curió em regime de CONFINAMENTO VISUAL constante,
propiciando a remoção da capa periodicamente tornando com o
decorrer do tempo as remoções diárias. Estes procedimentos
não podem sofrer alterações nem variações
no seu ritual sobre pena do criador não conseguir estabelecer a rotina
do CONDICIONAMENTO PSICOLÓGICO DA AVE, os procedimentos aqui descritos
devem ser seguidos rigorosamente para que se alcance os resultados desejados.
A gaiola não deve ficar pendurada desencapada por período superior
aos recomendados
sobre pena de comprometermos todo o trabalho anteriormente desenvolvido, tal
atitude rompe a rotina de condicionamento a que a ave está sendo submetida.

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Não ocorrendo à abertura do canto no tempo regulamentar 05 (cinco)
minutos, o pássaro deve ser cuidadosamente removido do gancho e a gaiola
encapada, sendo transportada para o interior da residência do criador
ou veículo, permanecendo confinado por novo período de 06 (seis)
dias, quando repetimos o processo até que ocorra a abertura do canto
e se estabeleça o momento em que a ave começa a CAIR DE PRODUÇÃO.
Durante as exposições visuais não devemos usar nenhum
recurso para estimular a ave a abrir o canto, tais como outro curió,
reprodução do canto por quaisquer meios tais como Discos, Fitas
k-7, CD (s), ou mesmo assobios, estalar de dedos ou lábios produzidos
pelo criador, o curió deve abrir o canto mediante os estímulos
desenvolvidos pela prática do CONFINAMENTO VISUAL.


O criador observará durante as primeiras exposições que
a ave desenvolverá uma sensibilidade muito grande em relação
a tudo que se move ao alcance da sua visão tal como pardais, lagartos
nos muros, borboletas, libélulas etc. respondendo às vezes com
a emissão de assobios ou serradas ou com a interrupção
da cantada que estava executando o que demonstra ser tal comportamento um
bom sinal de que o método esta sendo assimilado e verificamos aí
o surgimento do comportamento INTERATIVO.


O curió estará PRONTO (em forma), ou seja, devidamente desenvolvido,
quando responder a remoção da capa COM A IMEDIATA ABERTURA DO
CANTO sem que se tenha usado quaisquer meios para estimulá-lo e apresente
no mínimo 30 (trinta) minutos de AUTONOMIA DE CANTO sem apresentar
QUEDA DE PRODUÇÃO. Mantemos o Curió interativo daí
por diante, submetendo-o a exposições diárias (Remoção
da Capa) durante 30 (trinta) minutos de preferência pela manhã.
Se o Curió possui aptidão para repetição de canto,
ou é um repetidor (executa o Módulo de Repetição
cinco ou mais vezes com muita freqüência), não devemos colocá-lo
em nenhuma hipótese para disputar canto com outras aves, sobre pena
de tornar-se dependente de tal prática para se estimular (ficar fogoso),
bem como poderá adquirir vícios durante a disputa se os companheiros
não forem dotados do mesmo dialeto, e se não cantarem com a
mesma perfeição.

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O QUE FAZER QUANDO O CURIÓ NÃO RESPONDE SATISFATORIAMENTE AO
MÉTODO DE CONFINAMENTO VISUAL E NÃO SE TORNA INTERATIVO.


Alguns Curiós não INTERAGEM não abrem o canto por mais
que se submetam ao método descrito, ou apresentam pouca evolução.
Mantêm-se indiferentes aos esforços do criador. Tal fato possui
explicação na GENÉTICA DO PÁSSARO em questão,
ou no CALENDÁRIO DA AVE. Busca-se modernamente na CRIAÇÃO
DOMÉSTICA INTENSIVA a reprodução de pássaros interativos
selecionados segundo os seus melhores CARACTERES GENÉTICOS e dentre
eles O TEMPERAMENTO tem a preferência da maioria dos criadores e não
devemos aplicar o método em curiós fracos de TEMPERAMENTO.


Sendo o Curió ave TERRITORIALISTA por excelência
o TEMPERAMENTO INTERATIVO é indispensável no desenvolvimento
de qualquer atividade que envolva Competição com o uso do canto.
A INTERAÇÃO é ponto de partida para o desenvolvimento
de qualquer atividade que envolva os Curiós, portanto o método
de CONFINAMENTO VISUAL desenvolvido aqui não se aplica a CURIÓS
FRIOS ou temporariamente nestas condições por motivos diversos,
tais como Muda de Penas, Acidente de Manejo, Uso Inadequado de Fêmeas,
Incompatibilidade territorial doméstica etc.


O calendário da ave deve ser observado, pois nada adianta
a aplicação do método aqui descrito em curiós
que esfriou para TROCAR DE PENAS ou encontra-se em fase DE ENXUGAMENTO DA
MUDA.
Pássaros debilitados, apáticos ou com temperamento retraído
temporariamente por motivo de esgotamento provocado por exposições
prolongadas em disputas de fibra, não devem ser submetidos ao método
aqui desenvolvido. Devemos esperar que recuperem A AUTO CONFIANÇA perdida
com o relaxamento do temperamento, (frouxidão) ou reabilitação
do estado de saúde em pássaros debilitados por motivos diversos
tais como:
Repasse de muda mal feita ou mesmo repetição total da muda que
acaba de concluir (ambos os casos provocados por manejo inadequado).

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2- Vetorização de filhotes
Uso do confinamento visual para o ensino de dialetos: ao completarem 30 (trinta)
dias de nascidos os filhotes de Curió devem ser apartados definitivamente
do convívio da MÃE. É prática corriqueira entre
os bons criadores o uso do PAI apenas como Padreador (galador) não
tendo nenhuma participação no processo de cria dos filhotes
nem no processo de instrução do dialeto (canto) que será
ensinado mediante o uso de Disco, Fita K-7, ou CD de um curió de CANTO
CLÁSSICO de preferência do criador.

Tal procedimento repousa no fato de que os filhotes que recebem instruções
do Pai ou de outros Curiós aprendem as qualidades, mas também
as manias e defeitos do pássaro instrutor. Com o uso de material fonográfico
só aprenderão as qualidades, pois o material passou previamente
por RIGOROSA SELEÇÃO.
Os filhotes nesta idade já se alimentam satisfatoriamente sozinhos
e os machos já ensaiam os primeiros CORRICHOS. É a ÉPOCA
DO CORRICHAR. Os filhotes que iniciam o CORRICHAR com certeza são machos
e terminarão por exercerem liderança no recinto devendo ser
separados dos demais imediatamente para GAIOLAS ENCAPADAS DE ISOLAMENTO, ou
seja, retirados do recinto onde se encontram os demais filhotes. Os primeiros
filhotes a corrichar geralmente possuem melhor TEMPERAMENTO e se desenvolverá
com mais rapidez, não significando, no entanto que os filhotes que
não corricharem sejam obrigatoriamente fêmeas podendo ainda haver
machos no recinto que só CORRICHARÃO bem mais tarde por possuírem
temperamento diferenciado dos demais, e não estarem mais submetidos
a liderança dos primeiros, necessitando de um tempo para se recuperarem.

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Impressão e vetorização
Definição: vetorização é o nome que damos
ao resultado canoro conseguido através do estado psicológico
condicionado resultante da atuação de forças sonoras,
instrução do dialeto da espécie (família), ou
situações sonoras exteriores, impressas pelos órgãos
dos sentidos, em momentos geneticamente pré-estabelecidos para memorização
do dialeto da espécie (família). Ex: O filhote foi vetorizado
com o canto Praia Grande Clássico. A afirmativa diz respeito, a que
tal filhote (ainda na fase do corrichar) na época apropriada irá
assobiar tal dialeto que se encontra latente, pois o mesmo encontra-se Vetorizado
nele, tornando-se para o resto de sua vida portador de tais informações,
a não ser que herança genética de fatores específicos
o faça trocar de dialeto durante a vida adulta. Alguns curiós
(casos raros) são dotados geneticamente de uma capacidade de adaptação
ao meio ambiente extraordinária, possuindo inclusive mais de um dialeto
são os Poliglotas, conhecidos também como Cabeças Moles,
dotados de funções genéticas específicas dento
da malha territorial de determinada região aonde é muito comum
por motivo de enchentes dos rios e Várzea a Migração
para outras regiões.


3- Processo de vetorização do canto em filhotes
Introdução: durante o período de incubação
dos ovos o embrião se desenvolve sob a ação do calor e
da umidade para formar o novo ser, que só estará em condições
de eclosão aos 13 (treze) dias depois da postura do primeiro ovo. Durante
este período ocorre a MITOSE que é a multiplicação
das células para formar o novo ser e com ele os sistemas de percepção
tais como visão, audição etc.
A crença difundida entre os criadores de que os filhotes memorizam as
instruções de canto recebidas ainda dentro do ovo é TOTALMENTE
EQUIVOCADA não possuindo nenhuma BASE CIENTÍFICA, carecem de comprovação,
pois os órgãos responsáveis pela percepção
ainda estão em formação, o que leva a seguinte pergunta.
Como pode um órgão funcionar sem estar completamente formado?
Criadores que submeteram fêmeas durante a incubação a exposições
fonográficas com a colocação de alto-falantes sobre as
gaiolas, só conseguiram ESTRESSAR as fêmeas e todo o progresso
de aprendizagem conseguido veio depois que os filhotes abandonaram o ninho,
só que não tiveram meios para demonstrar tal fato e a crença
se estabeleceu.

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Podemos comprovar com uma infinidade de exemplos que o processo de aprendizagem
de determinado DIALETO se estabelece a partir de certos conhecimentos na sua
maioria de difícil percepção e constatação
por parte dos criadores por diferentes motivos tais como:

1 O filhote é produzido dentro de determinadas condições,
(técnicas utilizadas por certo criador) e submetido a influências
externas e internas ao criadouro tais como canto de Pardal, Lavandeira, Garrincha,
Papa-Capim, Assanhaço Canário Belga do vizinho etc.

2 O filhote é produzido genericamente sem maiores cuidados e submetido
a exposições canora de vários curiós no interior
do criadouro durante inclusive a cobertura de outras fêmeas, mais exposições
fonográficas (prática muito comum em todos os bons criadouros
de prateleira) proporcionando uma vetorização descontrolada e
desordenada de vários fragmentos de dialetos distintos inclusive o canto
da mãe e das fêmeas das gaiolas vizinhas.
.
3 O filhote é produzido dentro de rigoroso controle de qualidade, mais
por falta de espaço no criadouro é removido para outros locais
aos cuidados de terceiros, quando não fica estocado junto com outros
filhotes inclusive fêmeas sem maiores critérios aguardando
comercialização.

4 O Filhote é produzido pela cobertura do Curió que se encontra
em melhores condições para faze-la, muitas vezes não possuindo
qualidades que o credencie para tal tarefa. A cobertura é feita para
aproveitar a Fêmea que no momento "pede gala" (solicita Cópula).

5 - O filhote finalmente é vendido com 30,60 e até 90 dias de
nascido após passar por um período caracterizado por todo tipo
de influências e vetorização descontrolada conforme vimos,
no momento em que mais precisava de cuidados para VETORIZAR o seu canto sem
conturbações. Mas, apesar do exposto terá sem dúvida
um novo dono, que por mais bem intencionado que seja precisa possuir conhecimentos
sobre a condução do canto do filhote recém adquirido o
que, na maioria das vezes não acontece e lamentavelmente aquele filhote
estará perdido para Torneios de Canto em que sejam exigidos princípios
básicos de qualidade de formação de dialeto. Como vimos,
é impossível um controle do criador para poder afirmar em que
fase ou momento da produção ocorreu A VETORIZAÇÃO
DO DIALETO (memorização do Canto ensinado e que jamais será
esquecido pelo curió salvo situações genéticas ainda
pouco estudadas pelos criadores pesquisadores e carentes de comprovação
como é o caso dos Poliglotas).

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O processo de percepção da eficácia deste ou daquele método
empregado pelo criador divide-se em duas etapas distintas:

1 Primeira Etapa
Produzir bem em ambiente condicionado à técnica da reprodução
dirigida a vetorização de determinado dialeto.

2 Segunda Etapa
Desenvolver bem em ambiente condicionado ao aprimoramento do dialeto vetorizado
na fase de reprodução.
É indispensável por parte do criador o acompanhamento de todas
as fases da criação para que possa aferir a todo o momento a eficácia
de seus métodos e possíveis correções de rumo a
partir da observação de resultados positivos ou negativos inclusive
o conhecimento do ambiente em que se desenvolve este ou aquele filhote após
a sua comercialização, já que o ambiente é fator
determinante da qualidade e do bom desenvolvimento. Tal acompanhamento quase
sempre não ocorre, muito menos o conhecimento do ambiente em que se desenvolvem
os filhotes, encerrando a participação do criador produtor no
ato da comercialização o que lamentavelmente favorece a perpetuação
de erros e difusão de praticas equivocadas ocasionando um número
muito grande de FILHOTES INÚTEIS PARA CONCURSOS E TORNEIOS.

Expusemos antes de desenvolver a TÉCNICA DE ENSINO DE DIALETO A FILHOTES
(VETORIZAÇÃO) alguns aspectos importantes da produção,
que na sua maioria são os responsáveis pelo fracasso dos mais
variados métodos sistemáticos de ensino de canto a filhotes, tornando
tal prática desprovida de qualquer confiabilidade dos resultados. Entretanto,
temos praticado juntamente com alguns criadores do Sul da Bahia, as técnicas
aqui descritas com o controle dos aspectos aqui mencionados com bons índices
de aproveitamento no ensino do canto Praia Grande Clássico.

Salientamos ainda a constatação do nascimento de filhotes em ambiente
Praia Grande Clássico que foram vetorizados com tal canto, e comercializados
com aproximadamente 30 (trinta) dias de vida para desenvolverem-se em ambiente
Paracambi com a utilização de diversos métodos de instrução
inclusive o uso de Curiós Mestres Paracambi. Ao encerrarem a fase do
corrichar assobiavam notas do canto Praia Grande, fato que motivou o retorno
dos mesmos ao ambiente Praia Grande Clássico para se desenvolverem e
se constituíram em excelentes cantores do estilo Praia Grande Clássico.

Tal fato, após ter sido verificado com vários filhotes e monitorado
por vários criadores passou a nortear as ações de instrução.


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Efetuou-se a VETORIZAÇÃO Paracambi em determinado filhote que
após 30 (trinta) dias foi apartado dos pais e transferido para outra
localidade recebendo instruções Paracambi, ao fim da fase do corrichar
o filhote assobiava notas deste canto e se constituiu um bom cantor Paracambí.
Desenvolvemos diversos experimentos ao longo de vários anos objetivando
a comprovação de um longo quadro de hipóteses referenciais,
constatando a eficácia dos métodos e procedimentos aqui expostos.

4- Método do confinamento visual e auditivo·Caracteres desejável
do filhote: deve ser comprovadamente filho de Curió de excelente TEMPERAMENTO
(fogoso) possuidor de CANTO LONGO, BOA VOZ e REPETIDOR DE CANTO devendo já
ter transmitido tais caracteres aos filhotes de ninhadas anteriores.
Deve ser comprovadamente filho de Curiôa de excelente TEMPERAMENTO (fogosa)
filha de curió possuidor de BOA VOZ CANTO LONGO, e REPETIDOR DE CANTO
e já ter transmitido tais caracteres a filhotes de ninhadas anteriores.

Após o nascimento do filhote em questão, mais precisamente no
16º (décimo sexto) dia de nascido, ou seja, 3º (terceiro) dia
após a saída do ninho (momento em que ocorre a manifestação
dos INSTINTOS SELVAGENS do pássaro e ele perde a ingenuidade característica
dos NIDÍCOLAS), momento em que o filhote fica arredio, arisco, (NIDÍFOGA)
e tenta fugir da presença do criador, atentando contra as grades da gaiola,
é neste momento que devemos iniciar o processo de VETORIZAÇÃO
do dialeto mediante a implantação do método de CONFINAMENTO
ÁUDIO E VISUAL ainda em companhia da mãe.

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5- Confinamento auditivo e visual
Método de vetorização do dialeto: conduzimos a gaiola da
fêmea para um recinto aonde as influências externas são totalmente
eliminadas (ausência total de qualquer tipo de manifestação
sonora) exceto a exposição sonora do DIALETO que se pretende vetorizar
denominada de INSTRUÇÃO, executada através de equipamento
CD-Player Programável ou Toca Fitas Auto Revese de excelente qualidade
sonora, com exibições controladas por TIMER em número de
03 ou 04 exibições diárias com duração de
no máximo 15 (quinze) minutos cada e intercaladas por pialadas e chamados
entre cantadas, distribuídas da seguinte forma e horários:
Das 05:30 (Cinco e trinta) horas às 05:45 (Cinco e quarenta e cinco)
horas da manhã;
Das 07:00 (Sete) horas às 07:15 (Sete e quinze) horas da manhã;

Das 09:00 (Nove) horas às 09:15 (Nove e quinze) horas da manhã.
Das 17:00 (Dezessete) horas às 17:15 (Dezessete e quinze) horas da tarde.

Os espaços compreendidos entre as exibições serão
preenchidos com a utilização de um rádio sintonizado em
emissora FM com volume moderado tendo como finalidade provocar o estímulo
canoro do filhote e ao mesmo tempo criar uma dinâmica sonora no ambiente
intercalada por falas do locutor quebrando a monotonia do confinamento, evitando
que o filhote se interesse por eventuais influências sonoras que por ventura
penetrem no ambiente. O volume do rádio não deve exceder a certos
limites, pois há uma tendência dos filhotes tentarem suplantar
o volume do rádio transformando-se no decorrer do tempo em verdadeiros
gritadores o que prejudicaria a formação do seu timbre, estragando
para sempre o seu canto por adquirirem tal hábito.

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Recomendamos como ideal o uso de gabines com tratamento acústico ou Caixas
de Vetorização de Canto também com tratamento acústico
e tampa em vidro duplo montado sobre borracha de Silicone e ventilação
a compressor de ar, deve ainda ser dotada de Alto Falantes com TWEETER. (usamos
o da linha Automotiva ARLEM SUPER DOME 4 ohms 240 Watts Mod. 570G com magnífico
resultado). O uso de caixas de Vetorização carece de estudos à
parte, o que não é o objetivo deste artigo, pois se não
forem verificados corretamente os aspectos quanto à umidade, temperatura,
pressão interna da caixa Stress Etc. a ave poderá entrar em muda
de penas o que seria um desastre.

Ao completarem 30 (trinta) dias de nascidos os filhotes são separados
do convívio da mãe que retornará ao criadouro para produzir
a próxima ninhada ou se durante a cria dos filhotes ocorrer da fêmea
solicitar a cópula (pedir gala) os filhotes devem ser temporariamente
removidos da gaiola de criação para um recinto seguro enquanto
a cobertura da fêmea é efetuada longe da presença dos filhotes
que em nenhuma hipótese devem ouvir o canto e as serradas do Padreador
durante a cópula sobre pena de inutilizarmos os filhotes. Logo em seguida
retornamos os filhotes ao convívio da mãe que fará a postura
e iniciará a incubação dos ovos sem negligenciar a sua
tarefa de alimentar os filhotes separados por grade divisória.

6- Apartação: aos 30 (trinta) dias de nascidos: os filhotes são
apartados da mãe em gaiolas individuais e encapados permanecendo no mesmo
regime em que se encontravam anteriormente. Agora, sem a presença da
mãe, inicia-se o

CORRICHAR.
Procede-se em seguida a SEXAGEM, permanecendo no recinto apenas 01 (um) macho
ou em caso de 02 (dois) machos na ninhada, o de melhor temperamento. Em nenhuma
hipótese o filhote em questão deve ouvir ou trocar canto com outros
filhotes. O ensino é individualizado por questões Territorialistas,
e da busca do aprendizado com a máxima perfeição, sendo
ainda que, os filhotes que aprendem a cantar em pequenos grupos adquirem uma
série de hábitos indesejáveis, tais como abrir o canto
e logo em seguida interrompê-lo para escutar a resposta do companheiro.
Estabelecido este vício ficam inutilizados para sempre, o grupo não
desenvolve o caractere repetição e passa a emitir apenas fragmentos
do dialeto ministrado no afã da disputa que se instala entre eles por
QUESTÕES TERRITORIALISTAS.

Voltar


O filhote que submetemos ao método de CONFINAMENTO AUDITIVO E VISUAL
VETORIZAÇÃO após a apartação já tem
memorizado todo o dialeto contido nas instruções, ou seja, O CANTO
ESTÁ VETORIZADO e como a encapagem da gaiola lhe tira a visão,
tal fato o leva a aguçar a audição (fenômeno este
muito conhecido entre os deficientes visuais) buscando dar conta do que acontece
no ambiente onde se encontra confinado, emitindo chamados ao menor movimento
no recinto. A partir deste ponto passamos a ter o máximo de rendimento
do método, mais também o máximo de cuidado com eventuais
invasões sonoras indesejáveis no ambiente. Continuamos com as
instruções nos horários anteriormente estabelecidos, bem
como a utilização do rádio que pode ter o seu volume um
pouco aumentado tendo em vista o aguçamento auditivo do filhote e, possibilidades
de contaminação sonora vinda do exterior.

Com o crescente desenvolvimento do corrichar o criador tende a submeter o filhote
a um maior número de instruções e exposições
mais duradouras.

Tal tendência deve ser controlada sob pena de inutilizarmos o filhote,
pois o excesso de instruções nesta fase é totalmente desaconselhada,
tendo em vista que o filhote já foi vetorizado. Precisa-se apenas nesta
fase exercitar-se estimulado pelo som do rádio (na natureza os filhotes
nesta fase buscam os cursos dos rios e cachoeiras para estimular-se à
prática do corrichado) para desenvolver a SIRINGE (órgão
responsável pela fonação) Preparando-se para o surgimento
dos primeiros assobios, a intensificação de instruções
nesta fase provocará a total inibição do corrichar com
o estabelecimento do medo desinteressando-se pelo aprendizado e em casos mais
graves se instala a injúria da plumagem (auto depenação).
O filhote deve ser mantido rigorosamente dentro do esquema previamente estabelecido.

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O ambiente em que mantemos o filhote (quando não usamos gabines ou caixas
de vetorização) deve ser relativamente confortável, bem
arejado, desprovido de correntes de vento, umidade excessiva tais como banheiros
cozinhas e em nenhuma hipótese deverá ter as paredes revestidas
de azulejo, cerâmica ou pastilhas, pois tais ambientes não absorvem
o som (por serem revestidos com material refletivo e não absorvente)
das ondas sonoras provocando eco (reflexão da onda acústica pelas
paredes) e reverberação (persistência de um som num recinto
limitado, depois de haver cessado a sua emissão pela fonte sonora). A
conseqüência direta é a má formação do
timbre, com a metalização da voz do filhote, dotando-o de um timbre
com textura irritante, com a eliminação da maviosidade e maciez.
(perde o veludo da voz).

O ideal seria um ambiente revestido com cortinas, se possível paredes
revestidas de manta de espuma de nylon ou qualquer material absorvente sonoro.
Aos 03 (três) meses ou próximo desta idade o filhote confinado
inicia a emissão dos PRIMEIROS ASSOBIOS e em 15 (quinze) dias já
está com o canto (ou o que ele estiver executando como canto) completamente
limpo de CORRICHADOS. O canto a partir desta data será composto apenas
por assobios inicialmente acelerados e meio descoordenados (dizemos que o canto
está turbado) o que vai se ajustando com o passar dos dias. O filhote
apresenta-se bastante agitado, muito nervoso irritando-se com muita freqüência,
principalmente com o dorminhoco (pequeno poleiro alto da gaiola) efetuando com
freqüência uma espécie de vôo giratório em torno
da extremidade do dorminhoco com emissão de sons que se assemelham a
um CHILREADO que acompanha os movimentos circulares (três a quatro voltas
completas e contínuas no ar) que se assemelham ao pairar de um beija-flor
em visita a uma flor, só que no caso em questão a extremidade
do dorminhoco faz às vezes da flor e o filhote gira voando em torno da
extremidade, Tal movimento é conhecido entre os criadores que usam o
método com o nome de BEIJA-FLOR .(Não confundir com Salto Mortal
LOOPED Etc.).

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Neste estágio, passamos a ministrar a instrução apenas
duas vezes por dia (início e fim do dia), tomando por base a prática
do método, temos verificado que os filhotes não suportam a massificação
das instruções e se estressam retraindo-se, comprometendo todo
o desenvolvimento da AUTO CONFIANÇA, no momento em que começa
a ter as primeiras experiências com o canto. As conseqüências
são as piores possíveis, pois, com instruções desnecessárias
ocorre o desinteresse total do filhote e se estabelece o medo.

Neste estágio o canto já se encontra vetorizado precisando apenas
ser exercitado com tranqüilidade e moderação para que tenha
um bom desenvolvimento.

Ministrar instruções Longas e demoradas, nesta fase do ensinamento
estabelecerá
Aspectos Territorialistas no filhote tais como disputas de canto com a instrução.
Tal fato leva o filhote a fragmentar suas emissões de canto inibindo
totalmente o processo de aprendizagem e repetição, quando não
afeta o estado psicológico com o estabelecimento do medo causando danos
irreversíveis tais como: Destruição do Temperamento (com
abertura de asa constante), Auto Depenação, (arrancamento das
penas pela ave) Afinamento (imobilização da ave no poleiro por
longos períodos e Stress).

O filhote, em nenhuma hipótese, deve deixar o recinto de confinamento
sobre quaisquer pretextos, e muito menos a capa ser removida; em nenhuma hipótese
deve tomar conhecimento do mundo exterior para não dividir a sua atenção
com o que acontece lá fora, nesta fase qualquer manejo da gaiola pode
provocar a estimulação do temperamento levando o filhote a um
estado de agitação e nervosismo que prejudicará todo o
trabalho em desenvolvimento, pois o manejo precoce pode desencadear o processo
de repetição do canto antes que ele se forme completamente levando
a ave a só cantar fragmentos não mais se interessando pelo aprendizado,
e pior ainda estabelecer o hábito de repetir um fragmento de canto. O
estado de agitação e nervosismo, (enfezamento, foguiamento precoce,
não importa o termo regional utilizado) que acometem filhotes de excelente
procedência, o leva a externar de forma exagerada, um temperamento fortíssimo
que conduz o filhote a uma fluência canora super abundante e exaustiva,
provocando um cantar sem limites, levando o filhote a um estado de rouquidão
irreversível quando não o derruba do poleiro num ataque fulminante
que lhes ceifa a vida.

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Registro aqui o fato de que alguns filhotes da raça ESTRELA (raça
de curiós desenvolvida por criadores do Sul da Bahia) interromperam o
corrichado entre 45 (quarenta e cinco) e 60 (sessenta) dias de apartação
da mãe, iniciando precocemente a fase de limpeza do canto com emissões
de assobios. Tal fato, embora muito desejável por parte dos criadores,
tem acarretado uma gama muito grande de problemas, pois a SIRINGE (órgão
responsável pela fonação) necessita de no mínimo
90 (noventa) dias de corrichado para poder se desenvolver e executar assobios
com a fluência e intensidade característica desta raça de
excelentes curiós que se desenvolve no Sul da Bahia. Valho-me do conhecimento
de enumeros casos ocorridos entre nós sendo que o de rouquidão
tem sido muito freqüente. Os filhotes aqui referidos começam a assobiar
de maneira exaustiva e ininterrupta, apresentando volume de emissão de
canto e fluência excepcionais sobrecarregando a SIRINGE que não
estando completamente desenvolvida começa a apresentar problemas que
vai desde a rouquidão (com a perda da afinação e em seguida
da voz) até a morte do filhote.

Em tais casos o filhote deve ser contido a qualquer custo, deverá ser
conduzido a local onde predomine a penumbra (ausência parcial de luz)
e desativado todos os meios e recursos de estimulação do canto
tais como: sons produzido por rádio, reprodução de instruções
através de quaisquer meios, predominando o silêncio absoluto inclusive
a eliminação de quaisquer influências externas, em especial
o canto de outro pássaro, devendo predominar a tranqüilidade e o
silêncio absoluto mesmo que em último recurso tenhamos que coloca-lo
cara a cara com um outro filhote fêmea, de idade semelhante, durante o
tempo que se fizer necessário para a recuperação dos danos
por ventura já causados na SIRINGE ou por prevenção. Em
casos de lesão a SIRINGE, (rouquidão do filhote) ministrar no
bebedouro água potável com pequenos pedaços de casca desidratada
da fruta ROMÃ, (fruto da romãzeira) que tem dado bons resultados.
Não exagerar na quantidade de casca, pois a mesma produz rapidamente
tintura amarelada na água com um forte amargor. O tratamento deve ser
suave e durar até cessar a rouquidão.

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Lesões da SIRINGE em filhotes por exaustão tem sido uma preocupação
constante entre os criadores da raça ESTRELA.

Ao atingir os 04 (quatro) meses de idade o filhote já emite todo o dialeto
ensinado, apresentando algumas dificuldades tais como a emissão em demasia
de determinadas notas ou a eliminação de outras, verificando-se
com freqüência no caso do Canto Praia Grande Clássico uma
desordem na estrutura do canto por ser muito extenso e variado.

Alguns filhotes negam a entrada de canto, ou primeira parte do canto, outros
os arremates batidas de praia, outros ainda, fazem uma confusão generalizada.
Tudo depende especificamente de cada um, de uma maior ou menor capacidade de
assimilação, sendo que algumas características estão
sempre ligadas a outras, ou seja, uma característica provoca o surgimento
de outra, é a causa gerando um efeito. Vejamos, os filhotes que apresentam
o canto bastante desordenado geralmente são muito fluentes e emitem com
muita rapidez e facilidade tríades (conjunto de três notas) que
predominam no canto Praia Grande propiciando a confusão a que me refiro,
pois bem, tais filhotes são geralmente os que irão repetir canto,
pois a fluência associada ao fôlego é condições
indispensáveis para tal fim.

Os filhotes que emitem demasiadamente certas notas o fazem porque ainda não
automatizaram a emissão correta do canto e tendem a executa-lo todo em
tríade (conjunto de três notas) não observando os conjuntos
de duas notas (dual) que eles executam como tríades acrescentando uma
nota a mais. Temos observado que certa deficiência ocorre por excesso
de determinada qualidade, os filhotes apresentam tendências das mais variadas,
compete ao criador identifica-las e dosa-las buscando a formação
correta do dialeto. Aí começa a etapa de lapidação
do canto que deve ser analisada caso a caso.

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7- Lapidação do Canto: em função do desenvolvimento
de cada filhote, o dialeto ministrado, deve sofrer a todo o momento avaliações,
no sentido de se efetuar correções na instrução
que vem sendo ministrada pelo criador, objetivando corrigir esta ou aquela tendência
que o filhote apresenta naturalmente à medida que se desenvolve.
As tendências a vícios são uma constante, surgindo ai um
novo e complexo universo de variáveis a serem identificadas, precocemente.
Os filhotes manifestam as mais variadas tendências, tais como um maior
ou menor interesse por certas notas do canto ou até mesmo desinteresse
por este ou aquele trecho, tendendo a acrescentar ou suprimir notas ao dialeto
vetorizado. Corrigimos a todo o momento as mais variadas tendências ou
distúrbio apresentado pelo filhote a tempo, ou seja, ao identificar a
tendência aplicamos imediatamente a correção, evitando a
sua fixação e automação o que tornaria um vício
impossível de ser corrigido mais tarde. Recomendo a utilização
de um sistema de microfone de lapela no interior da Caixa de Vetorização
ligado a um gravador a onde K-7(s) (poderão ser produzidos periodicamente
para avaliações).

Temos para tal finalidade lançado mão do uso da informática
com a utilização de Software que nos permitem gravar e acompanhar
passo a passo o desenvolvimento dos filhotes bem como proceder estudos comparativos
cronológicos, com o uso dos SONOGRAMAS (diagramas elaborados por computador)
que nada mais é que a impressão das ondas sonoras imitidas pelos
filhotes durante a execução do canto.

Tal recurso nos permite a qualquer momento, efetuar estudos comparativos de
avaliação de todas as emissões canoras do filhote em questão
ao longo do processo de desenvolvimento do dialeto, bem como, interferir nas
gravações eliminando ou acrescentando elementos sonoros visando
a exposição sonora das mesmas como forma de correção
das deficiências identificadas e corrigidas através dos sonogramas.

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No ensino do dialeto PRAIA GRANDE CLÁSSICO as dificuldades são
enormes, porem, por se tratar do dialeto mais completo da espécie, é,
portanto o mais apreciado do Brasil por conseqüência, também
o mais difundido e preferido dos criadores, pela sua perfeição,
maviosidade e beleza. Encontra-se numa fase bem avançada de seu desenvolvimento,
que envolve inclusive o conhecimento das questões do seu ensino e das
técnicas de transmissão aos filhotes que aqui enfocamos, entretanto
podemos questionar o porque de cada aspecto, direcionando o questionamento a
melhor compreensão da genética que determina toda esta complexidade
que envolve o ato de cantar do curió. Podemos perguntar, porque as aves
cantam? podemos ainda perguntar, porque a mesma espécie possui vários
dialetos?

Porque os curiós precisam aprender a cantar um dialeto? Com certeza já
encontramos
as respostas para todas estas perguntas, e muitas outras que poderão
ainda vir a serem formuladas, pois, todas as respostas encontram-se codificadas
no extraordinário e complexo mecanismo chamado Canto.

O canto é o aspecto mais importante e fascinante do curió, todos
os fatores genéticos desta espécie estão voltados a compor
um extraordinário e complexo mecanismo que se manifestará no momento
exato de cumpri sua finalidade, possibilitando ao curió a aprendizagem
do canto.

O canto é elemento preponderante no ritual do acasalamento, apesar da
diversidade de dialetos todos dispõem dos elementos mínimos necessários
ao cortejamento e atração das fêmeas.

Compete-nos entende-los para melhor podermos interferir na seleção
e aprimoramento dos mesmos, objetivando a preservação com vistas
no seu desenvolvimento.
E COMO DIZEM TODOS OS CRIADORES QUE CONHEÇO ALGUNS ABRE O CANTO COM 90 DIAS OUTROS 6 MESES E OUTROS COM MAIS DE 1 ANO... CADA PASSARA É UM...

ABÇ
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