- CÉLIA MARIA CAYRESSUPERVISOR CHEFE
- Mensagens : 5966
Pontos : 8925
Reputação : 565
Data de inscrição : 06/09/2013
Idade : 58
Localização : São Paulo
Caburé-de-Pernambuco - Artigo
Qua 5 Nov - 14:17
Boa tarde amigos do Criadores de Pássaros !
Vamos conhecer o Caburé de Pernambuco, infelizmente esse pássaro consta na lista dos pássaros extintos ! :(
O Caburé-de-pernambuco é uma ave Strigiforme da família Strigidae.
Seu nome significa: do (grego) glaukidion = diminutivo de glaux = pequena coruja, corujinha; e de mooreorum = homenagem ao Dr Gordon Earle Moore (1929) empresário e filantropo americano, co-fundador e presidente da Intel Corporation. ⇒ Corujinha de Moore.
Doutor em Ciências Biológicas pela USP e consultor da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Silveira explica que pesquisadores estão atrás do registro da corujinha caburé-de-pernambuco há anos: “Registros documentados da corujinha incluem apenas a coleta de dois indivíduos, em novembro de 1980 - a partir dos quais a espécie foi descrita - e uma única gravação de som obtida em outubro de 1990 [...]. Em 2001, no entanto, ornitólogos avistaram a espécie, mas não houve registro oficial. Por isso, considera-se que a caburé-de-pernambuco está potencialmente extinta”.
A espécie foi descrita recentemente, em 2002, baseado em dois exemplares taxidermizados da UFPE, procedentes da Reserva Biológica de Saltinho (PE) de 1980. Esta reserva está inserida na APA de Guadalupe onde existem outros fragmentos de mata com uma matriz predominante de cana-de-açúcar, mas existem exceções como plantio de seringueiras. É possivelmente associada ao complexo de espécies de G. hardyi (da Amazônia) e G. minutissimum (principalmente do SE). Possui pequenas diferenças de coloração, morfometria e principalmente de vocalização.
A região onde esta espécie ocorre é uma área de endemismo (Centro Pernambuco) bastante distinta para aves e outros grupos de organismos sul-americanos. A avifauna endêmica dessa área possui espécies ou subespécies que têm os táxons mais próximos ou na Amazônia ou na Mata Atlântica ao sul do Rio São Francisco.
Esses fatores ajudam a indicar que a área poderia ser, no passado, um “refúgio”, onde a mata manteve-se presente durante os períodos mais secos do Pleistoceno, criando “ilhas” onde a fauna e flora evoluíram em condições únicas.
A nova espécie está aparentemente à beira da extinção. Sua pequena área de ocorrência é caracterizada principalmente por pequenos fragmentos florestais. Um planejamento bio-regional envolvendo a restauração de floresta em áreas críticas e o estabelecimento de corredores ecológicos para conectar os poucos fragmentos remanescentes é sugerido como melhor estratégia.
Características :
Muito similar a G. hardyi e especialmente G. minutissimum, com pintinhas no alto da cabeça e nuca. Mede em torno de 14 cm a 16,5 cm, a corujinha caburé é tão pequena quanto um pardal e sem dúvida uma das menores corujas do mundo. Possui duas colorações de plumagem, como em outras corujas. Existe uma forma cinza, com a cauda listrada de branco e peito claro bordejado de cinza, a cor dominante de toda a plumagem. É possível encontrar exemplares marrom avermelhados, onde a cauda é da mesma cor e quase não se distingue as faixas brancas. Nos dois casos, sobrancelha branca destacada. Em especial na plumagem cinza, a nuca possui penas singulares, formando como se fossem dois olhos. Pesa cerca de 63 g.
Alimentação:
Alimenta-se de outras aves, como pardais, sanhaços e, esporadicamente, de beija-flores, insetos grandes, pequenos mamíferos, rãs, lagartixas e pequenas cobras.
Reprodução :
Nada se sabe até o momento, mas, como outros Glaucidium, deve nidificar em cavidades naturais em árvores, como em ninhos abandonados de pica-paus.
Hábitos :
Hábitos pouco conhecidos. Habita florestas de baixada, florestas estas infelizmente muito devastadas e fragmentadas. Amostragens em florestas próximas em altitudes mais altas, de 400 a 600m, não registraram a espécie.
Vamos conhecer o Caburé de Pernambuco, infelizmente esse pássaro consta na lista dos pássaros extintos ! :(
O Caburé-de-pernambuco é uma ave Strigiforme da família Strigidae.
Seu nome significa: do (grego) glaukidion = diminutivo de glaux = pequena coruja, corujinha; e de mooreorum = homenagem ao Dr Gordon Earle Moore (1929) empresário e filantropo americano, co-fundador e presidente da Intel Corporation. ⇒ Corujinha de Moore.
Doutor em Ciências Biológicas pela USP e consultor da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Silveira explica que pesquisadores estão atrás do registro da corujinha caburé-de-pernambuco há anos: “Registros documentados da corujinha incluem apenas a coleta de dois indivíduos, em novembro de 1980 - a partir dos quais a espécie foi descrita - e uma única gravação de som obtida em outubro de 1990 [...]. Em 2001, no entanto, ornitólogos avistaram a espécie, mas não houve registro oficial. Por isso, considera-se que a caburé-de-pernambuco está potencialmente extinta”.
A espécie foi descrita recentemente, em 2002, baseado em dois exemplares taxidermizados da UFPE, procedentes da Reserva Biológica de Saltinho (PE) de 1980. Esta reserva está inserida na APA de Guadalupe onde existem outros fragmentos de mata com uma matriz predominante de cana-de-açúcar, mas existem exceções como plantio de seringueiras. É possivelmente associada ao complexo de espécies de G. hardyi (da Amazônia) e G. minutissimum (principalmente do SE). Possui pequenas diferenças de coloração, morfometria e principalmente de vocalização.
A região onde esta espécie ocorre é uma área de endemismo (Centro Pernambuco) bastante distinta para aves e outros grupos de organismos sul-americanos. A avifauna endêmica dessa área possui espécies ou subespécies que têm os táxons mais próximos ou na Amazônia ou na Mata Atlântica ao sul do Rio São Francisco.
Esses fatores ajudam a indicar que a área poderia ser, no passado, um “refúgio”, onde a mata manteve-se presente durante os períodos mais secos do Pleistoceno, criando “ilhas” onde a fauna e flora evoluíram em condições únicas.
A nova espécie está aparentemente à beira da extinção. Sua pequena área de ocorrência é caracterizada principalmente por pequenos fragmentos florestais. Um planejamento bio-regional envolvendo a restauração de floresta em áreas críticas e o estabelecimento de corredores ecológicos para conectar os poucos fragmentos remanescentes é sugerido como melhor estratégia.
Características :
Muito similar a G. hardyi e especialmente G. minutissimum, com pintinhas no alto da cabeça e nuca. Mede em torno de 14 cm a 16,5 cm, a corujinha caburé é tão pequena quanto um pardal e sem dúvida uma das menores corujas do mundo. Possui duas colorações de plumagem, como em outras corujas. Existe uma forma cinza, com a cauda listrada de branco e peito claro bordejado de cinza, a cor dominante de toda a plumagem. É possível encontrar exemplares marrom avermelhados, onde a cauda é da mesma cor e quase não se distingue as faixas brancas. Nos dois casos, sobrancelha branca destacada. Em especial na plumagem cinza, a nuca possui penas singulares, formando como se fossem dois olhos. Pesa cerca de 63 g.
Alimentação:
Alimenta-se de outras aves, como pardais, sanhaços e, esporadicamente, de beija-flores, insetos grandes, pequenos mamíferos, rãs, lagartixas e pequenas cobras.
Reprodução :
Nada se sabe até o momento, mas, como outros Glaucidium, deve nidificar em cavidades naturais em árvores, como em ninhos abandonados de pica-paus.
Hábitos :
Hábitos pouco conhecidos. Habita florestas de baixada, florestas estas infelizmente muito devastadas e fragmentadas. Amostragens em florestas próximas em altitudes mais altas, de 400 a 600m, não registraram a espécie.
- CÉLIA MARIA CAYRESSUPERVISOR CHEFE
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Reputação : 565
Data de inscrição : 06/09/2013
Idade : 58
Localização : São Paulo
Re: Caburé-de-Pernambuco - Artigo
Qua 5 Nov - 14:22
Boa tarde amigos Criadores de Pássaros !
A corujinha Caburé -de-Pernambuco, descoberta recentemente, já foi declarada na lista de pássaros extintos.
Temos que nos contentar com os artigos e fotos, são as únicas formas que podemos admirar esse pequeno e belo pássaro !
CÉLIA
A corujinha Caburé -de-Pernambuco, descoberta recentemente, já foi declarada na lista de pássaros extintos.
Temos que nos contentar com os artigos e fotos, são as únicas formas que podemos admirar esse pequeno e belo pássaro !
CÉLIA