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Sáb 15 Set - 8:38
Colorindo os Canários sem Fator


Joăo F. Basile da Silva
Revista SOV 2004
Arquivo editado em 22/05/2005
As cores dos canários săo o produto da interaçăo de dois fatores de cor que nós chamamos de melaninas e lipocromos (estăo no plural porque considera-se a existęncia de mais de um tipo de cada um deles). O efeito visual que nossos olhos podem perceber, é o resultado da combinaçăo desses fatores de cor.
A alimentaçăo e os aditivos alimentares tem pouca influencia em relaçăo ŕ qualidade das melaninas , sendo os fatores genéticos os mais importantes em relaçăo ŕ sua expressăo.
Quando se trata dos lipocromos dos canários, a alimentaçăo bem como os aditivos alimentares tem enorme influencia na sua qualidade e manifestaçăo.
O maior exemplo disso ocorre nos canários chamados de "com fator vermelho", através do uso da cantaxantina, o que é do conhecimento da grande maioria dos canaricultores. Para esse aditivo alimentar, existe já uma pratica definida com relaçăo ŕ dosagens, época de uso, e outros cuidados que possibilitam aos criadores a obtençăo dos exemplares desejados.
Os canários chamados de "sem fator vermelho", com exceçăo dos brancos (que năo possuem lipocromo), tem sua expressăo lipocromica definida pela alimentaçăo e regida pęlos fatores genéticos envolvidos.
O que define a cor de um lipocromo é a combinaçăo de pigmentos corantes chamados de carotenóides e que estăo presentes em maior ou menor quantidade em uma grande variedade de alimentos. Uma prova disso, é o próprio canário branco, que só é branco porque possui um "defeito" genético que o impede justamente de fazer com que esses pigmentos se depositem nas células de suas penas.
Sabe-se também que se colocarmos um canário amarelo sob um regime alimentar isento de carotenóides, após o término de todas as reservas do tecido gorduroso (esse pigmento é depositado inicialmente nesse tipo de tecido), na muda seguinte esse canário se tornará branco.
Uma vez que os fatores genéticos determinaram primordialmente a capacidade de depósito dos pigmentos na plumagem dos canários, influenciando-o tanto de maneira quantitativa como qualitativa, nos resta entăo, por meio da alimentaçăo tentar otimizar esse processo e obter as tonalidades desejadas e exigidas pęlos manuais de julgamento.
Em outras palavras, partindo-se de um plantei com qualidade genética superior, podemos por meio da alimentaçăo influenciar para melhor (ou para pior) o resultado desejado.
Com os campeonatos se tornando cada vez mais competitivos, com a melhoria dos planteis, aliados a criadores mais técnicos e bem informados, os desempates tem ocorrido em faixas de detalhes cada vez mais estreitas. Com isso, o manejo da alimentaçăo dos canários sem fator com o objetivo de se obter um lipocromo ótimo, se toma obrigatório.
Nos canários com fator, a receita é relativamente simples : quanto menos carotenóides e mais cantaxantina (até a dose ótima), melhor deve ser o resultado.
Nos canários sem fator, a coisa se complica bem mais, pois para começar temos tręs "tipos" de lipocromos envolvidos (amarelo, amarelo marfim e branco dominante) e vários tipos de carotenóides envolvidos em concentraçőes desconhecidas.
Um criador que possua essas tręs variantes de lipocromo em seu plantei, năo deve submete-las ao mesmo regime alimentar, pois se sabe que um amarelo marfim precisa de um aporte maior de carotenóides na sua alimentaçăo para melhor expressar suas qualidades. Um branco dominante năo deve, com certeza receber esse mesmo tipo de alimentaçăo (deve receber menos carotenóides), e o amarelo normal, por sua vez deve ser trabalhado com um teor intermediário entre os dias.
Outro complicador em relaçăo aos canários sem fator, é que năo existe para eles nenhum aditivo alimentar que tenha sua tecnologia de aplicaçăo dominada em termos de uso e dosagem como a que existe para a cantaxantina.
Com isso, nos resta conhecer melhor os alimentos usados nas nossas criaçőes, e dentro do possível as quantidades de carotenóides que eles aportam, pois o resultado em termos de lipocromo (seja ele bom ou ruim- suficiente ou insuficiente) é o produto direto das "coisas" que damos para eles comerem.
Os carotenóides săo uma classe de compostos amplamente distribuídos no reino vegetal e em algumas espécies animais.
Săo responsáveis pęlos pigmentos de cor de inúmeras espécies como tomate, laranja, verduras, milho, gema de ovo, plumagem dos flamingos, etc.
Nessa família dos carotenóides, existem mais de 500 compostos e incluem dois tipos diferentes de moléculas: os carotenos (licopeno, beta caroteno *, alfa caroteno, etc) e as xantofilas. As xantofílas săo as responsáveis pela coloraçăo da plumagem de nossos canários. Como exemplos desse tipo de carotenóide temos a zeaxantina, a cantaxantina, a luteina, a criptoxantina, etc.
As análises químicas dos diversos tipos de alimentos, dificilmente discriminam quais săo os tipos de carotenóides presentes nos alimentos. Normalmente os resultados indicam apenas os teores de beta caroteno (o mais estudado dos carotenóides) ou mesmo sua atividade em termos de Vitamina A (da qual alguns carotenóides săo precursores).
Sabe-se também que a zeaxantina (carotenóide presente no milho amarelo, planta pertencente ao género Zea, daí o nome zeaxantina), é responsável por pigmentaçőes de amarelo mais forte, tendendo ao alaranjado. Esse pigmento é encontrado também na gema do ovo, uma vez que as raçőes de galinhas săo compostas em sua grande parte por milho amarelo.
Existem indicaçőes que os vegetais de folhas verdes e as sementes possuem maiores proporçőes de luteinas, e portanto seriam mais indicados para se obter pigmentaçőes mais desejáveis nos canários.
A tabela abaixo, nos dá uma indicaçăo dos teores de carotenóides presentes nos alimentos mais usados na Canaricultura e pode servir como auxiliar no manejo da alimentaçăo.



Sementes Componentes da Raçăo (Farilhada) Vegetais e Frutas Outros
ALTO - Milho amarelo CenouraFolhas de brócolis espinafre Gema de ovo
MÉDIO Colza Nabăo Linhaça Farelo de soja Almeirăo Chicória Acelga Couve -
BAIXO Alpiste Aveia Níger Milho BrancoFarelo de Trigo Germe de Trigo Farelo de Arroz Leite Desnatado Maçă Pepino sem casca Clara de ovo Arroz
Como năo existe comercialmente disponível ao canaricultor um tipo de Xantofila - como acontece com a cantaxantina - com tecnologia definida em termos de uso e dosagens, só nos resta tentar manejar da melhor maneira possível os alimentos disponíveis de maneira a tentarmos obter o melhor resultado possível.
Nesse manejo, alguns fatores merecem destaque:
1) A literatura mostra que nas sementes, o principal carotenóide é a luteina.
2) O ovo, milho amarelo e seus derivados săo ricos em zeaxantina.
3) Quanto mais verde, săo as folhas das verduras, maior seu teor de carotenóides (sabemos que o teor de beta caroteno é alto, mas năo sabemos o teor das xantofilas envolvidas).
4) Canários com cor de fundo amarelo, amarelo marfim e branco dominante devem preferencialmente ser submetidos á regimes alimentares distintos em termos de carotenóides.
5) Os carotenóides "amarelos", săo acumulados no tecido gorduroso dos canários, e săo liberados para efeito de coloraçăo das penas ŕ medida que săo necessários, seja na muda de penas ou na substituiçăo de penas caídas. Isso quer dizer que a cor daquelas penas que nascerem num determinado momento, reflete a alimentaçăo ingerida pelo pássaro nos meses anteriores. Portanto, se o canário ingeriu carotenóides inadequados anteriormente, mesmo năo estando na muda, isso pode se refletir na emplumaçăo posterior.
Isso quer dizer que a alimentaçăo adequada, deve ser fornecida com bastante antecedęncia em relaçăo ŕ muda - no mínimo ŕ partir da separaçăo dos pais.
6) O fator ótico para o azul é fundamental nesse manejo e é presença obrigatória no patrimônio genético de nossos canários, pois se encarrega de imprimir a tonalidade "esverdeada" nos lipocromos amarelos, quando se obtęm o desejado amarelo limăo.
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Sáb 15 Set - 10:31
boa matéria amigo


 

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